terça-feira, fevereiro 22, 2011

PA

Todos nós tivemos infâncias banais.

Quem nunca acordou às 6H59 da manhã, ao sábado, para ir ver desenhos-animados? Quem nunca poupou dinheiro para comprar carteirinhas de cromos dos craques? Quem nunca desenhou guerras épicas entre homens-palito nos cadernos da escola? Quem não correu doentiamente até ao campo de futebol para apanhar uma baliza? Quem não festejou na rua quando o Freeza foi derrotado? Quem nunca passou verões inteiros com os avós?

e já agora: Quem nunca teve um tamagotchi? -Eu.

É verdade, nunca tive um tamagotchi e odiava quem o tinha. Por essa altura, jurei acabar com a praga. Minha missão; aniquilar todos os tamagotchis. Pôr um fim aquelas alminhas de plástico! Executar um genocídio pixelado!

Ora, todos os tamagotchis tinham um botãozito encafuado lá atrás que reiniciava o programa ou, simbolicamente "matava o bicho" ,mas essa era a solução fácil e pouco elegante para um cavalheiro de palmo e meio como eu. Eu tinha de ser mais sofisticado e não podia atacar cobardemente o tamagotchi pelas costas. A minha técnica era a agoniante morte por congestão. Primeiro enchia-lhes o bandulho e depois dava-lhes uns valentes banhos.

E foi através deste método, que consegui exterminar o surpreendente total de 0tamagotchis. Acho que nunca percebi o porquê da morte por congestão não funcionar, já que, na minha mente iluminada de génio do mal, não havia brechas conceptuais ao plano.

"Mas por que raio não morre isto?! Que xixi cocó!" -imagino eu que resmungasse um frustrado mini-Cássimo.

Enfim...